segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Uma volta com aprendizagem

 Certo dia, voltando do Iniciação (Preparatório para entrar no Ensino Médio-SENAI), como toda segunda e quarta-feira, resolvi prestar atenção nos carros que por mim passavam, alguns velozmente outros nem tanto. Olhei para um Sedan preto, um carro charmoso, pelo menos eu achava, que aparentava ser de alguém de classe média alta.Comecei a pensar "Pessoas assim não devem dar valor a nada. Têm o carro dos sonhos, e conseguem comprar tudo que bem quiser; não se importam com os outros e só pensam em si". Enfim, despertei-me dos meus pensamentos e segui caminho, aliás fazia (e faço) esse trajeto todos os dias, às vezes, até várias vezes ao dia, mas não cansava de observar. A rua Dona Francisca é muito famosa aqui em Joinville. Para começar ela é uma das mais longas da cidade, ligando vários bairros. No meu caminhar diário, fico olhando as casas e os comércios existentes. Alguns espaços, além de floridos, conservam a tradição germânica. Bacana viver em um lugar assim!
 Mais à frente vi o mesmo carro, andando lentamente até que para no meio da rua, em plena Dona Francisca em horário de movimento. Um homem bem vestido, com estatura de empresário ou advogado sai do carro e faz sinal para os de trás pararem também - que eram muitos - e atravessa a rua. Tenho um rápido pensamento "Mas o que ele está fazendo do outro lado da rua e com o carro atrapalhando a passagem de outros?". De repente ele pega na mão de outra pessoa, era um cego, que tentava atravessar para ir ao ponto de ônibus.
 Aquela cena me emocionou e eu comecei a sentir vergonha de mim, por ter julgado um homem, que só por ter um carro bonito, seria arrogante e jamais ajudaria o próximo. E os outros carros mais "antigos" que passavam ali, porque não ajudaram também?Isso me fez pensar muito antes de julgar alguém pela aparência. 

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